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Comandos básicos do Git

Postado em 7 minutos de leitura

Git é um sistema de controle de versão distribuído, open source, rápido e eficiente. Desenvolvido inicialmente por Linus Torvalds, mesmo criador do kernel do Linux, começou a ganhar notariedade quando passou a ser utilizado como sistema de versionamento padrão para o projeto do kernel. Em 2008, com o lançamento do github, uma espécie de rede social para compartilhamento de códigos, o git deu um grande salto rumo a popularização. Vou abordar de forma rápida e resumida alguns comandos. Informações mais detalhadas podem ser encontradas na documentação do projeto ou vem vários tutoriais existentes pela web.

Primeiros Passos

Configurando informações sobre o autor dos commits:

git config --global user.name "Gustavo"
git config --global user.email "gustavo@gustavohenrique.net"

Também é possível alterar essas informações no arquivo ~/.gitconfig.

Criando um repositório local:

cd meuprojeto
git init

Para ter certeza que o repositório foi criado:

git status

Áreas de Trabalho

O git possui 4 áreas de trabalho:

  1. O diretório .git que é o repositório contendo todos os arquivos versionados;
  2. Working Area que é um snapshot do .git dentro de um determinado momento no tempo;
  3. Stage que é um local temporário que armazena a referência para arquivos a serem versionados antes de serem commitados;
  4. Stash que também é um local temporário que pode armazenar e esconder arquivos que estão no Stage.

Adicionando arquivos novos ou modificados no Stage:

git add arquivo.txt
git add *.py
git add . (para add todos os arquivos)
git add -i (para modo interativo. 1-5 ou 1,2,3,4 e -3 para retirar)

Removendo arquivos não versionados do Stage:

git rm --cached arquivo.txt
git clean -fd (remove todos arquivos e diretórios)

Removendo arquivos versionados e modificados do Stage:

git reset HEAD arquivo.txt
git reset HEAD (todos os arquivos)

Desfazendo modificações de arquivos versionados no Stage:

git checkout -- arquivo.txt

Trabalhando com o Stash:

git stash (Move todos os arquivos do Stage para o Stash)
git stash save "Mensagem" (Move todos os arquivos do Stage para o Stash e os identifica com uma mensagem)
git stash list
git stash apply (Recupera os arquivos do último Stash de volta para o Stage mantendo cópia no Stash)
git stash apply <ID> (Recupera os arquivos do Stash identificado pelo ID obtido pelo git stash list. Ex.: stash@{0})
git stash pop (Faz o mesmo que apply porém apaga os arquivos do Stash)
git stash drop <ID> (Apaga completamente o Stash)
git fsck --unreachable | grep commit (Recupera arquivos apagados do Stash)

Commits

Apenas arquivos no Stage podem ser commitados.

git commit -m "Mensagem"
git commit -a -m "Mensagem" (commita também os arquivos versionados mesmo nao estando no Stage)

Refazendo commit quando esquecer de adicionar um arquivo no Stage:

git add arquivo.txt
git commit -m "Mensagem" --amend

O amend é destrutivo e só deve ser utilizado antes do commit ter sido enviado ao servidor remoto.

Voltando commits anteriores:

git revert -m 1 <commit sha> (Desfaz pushed merge)
git reset --hard HEAD~1 (volta ao último commit)
git reset --hard <commit sha>
git reset --soft HEAD~1 (volta ao último commit e mantém os últimos arquivos no Stage)
git reset --hard XXXXXXXXXXX (Volta para o commit com a hash XXXXXXXXXXX)
git reset --merge ORIG_HEAD

Recuperando commit apagado pelo git reset:

git reflog (Para visualizar os hashs)
git merge <hash>

Logs

Visualizando logs:

git log
git log --stat (Mostra o que foi modificado em cada commit)
git log --graph (Mostra gráfico do log)
git log --pretty=oneline (Mostra os commits linha por linha)
git log --pretty=format:"%an %ad %h %s" (Exibe o autor, data, sha1 abreviado e texto do commit)
git log --since=30.minutes ou 1.hour ou 2.hours (Exibe commits dos últimos 30 minutos, 1h ou 2h)
git log --since=10.hours --until=2.hours (Exibe commits entre as últimas 10h e últimas 2h)
git log --before="2010-12-25" (Exibe commits antes do dia 25/12/2010)
git reflog (Mostra commits apagados pelo git reset)

Branches

Cada branch deve ter uma única funcionalidade. É recomendado criar um novo branch a partir do master e aplicar os merges nele para efeito de simulação.

git branch (Lista os branches)
git branch -a (Mostra também os branches do repositório remoto)
git branch -d novobranch (Apaga o branch)
git branch -D novobranch (Força a remoção do branch)
git checkout -b novobranch (Cria um branch contendo os mesmos commits do branch de origem)
git checkout -b novobranch origin/outrobranch (Cria novobranch a partir do outrobranch no repositório remoto)
git checkout -b [branch, tag, sha1]
git checkout -b <branch> v1.0 (Cria um branch a partir da tag v1.0)
git checkout master (Retorna ao branch master)
git rebase master (Atualiza um branch com o que há de novo no master)
git merge novobranch (Faz um merge do que foi feito em novobranch)
git merge novobranch --squash (Permite definir uma nova mensagem em vez das mensagens de todos os commits do novobranch)

Conflitos

Quanto mais tempo demorar para atualizar um branch a partir do master (git rebase), maior será a chance de haver conflitos depois. O rebase é destrutivo, se estiver trabalhando em um servidor remoto deve usar o merge.

git rebase --skip (Perde o arquivo novo)
git rebase --abort (Cancela o rebase)
git rebase --continue (Para continuar após lidar com o conflito manualmente)

Repositórios

Clonando repositórios:

git clone repo1 repo2 (Clona um repositório e add o repo1 como orign no repo2)
git remote show origin (Origin é uma convenção para o primeiro remote)
git push origin (Envia o commit local para o repositório remoto)
git push origin outrobranch (O mesmo acima mas para um determinado branch)
git remote add origin repo (Adiciona um repositório como remoto)
git pull (Atualiza a partir do repositório remoto)
git pull origin outrobranch (O mesmo acima mas a partir de um determinado branch)
git remote rm origin (Remove o repositório remoto)

Trabalhando como repositórios remotos:

Antes de dar um git push, dar um git fecth e um git rebase para não criar conflitos para outros usuários.

git init --bare (Cria um repositório sem área de trabalho)
git fetch origin (Puxa novos commits do repositório remoto)
git fetch remote <branch> (Puxa novos commits do repositório remoto para o branch)
git push origin <branch> (Envia o que está no branch atual para o branch no repositório remoto)
git push origin v1.0 (Envia a tag v1.0)
git pull (Atualiza o repositório local a partir do remoto. Similar a usar "fecth" + "merge")
git pull origin <branch> (Atualiza o branch local a partir do branch remoto)

Github

Criando seu próprio projeto:

Crie um projeto pelo site do github. Em seguida, na máquina local, crie um par de chaves pública e privada, copie e cole no campo apropriado no github.

ssh-keygen -t rsa

Depois copiar o conteudo do arquivo ~/.ssh/id_rsa.pub e colar na página do github.

Fazendo um fork de um projeto:

Faça um fork de um repositório, um clone para sua máquina, altere o código, commit e no site clique no link “pull request”. O dono do repositório original deve adicionar a URL do repositório fork com git remote add usuario urlfork. Depois executar um git fecth para trazer os branches do fork. Usar git diff usuario/ para ver as alterações. Para aceitar, git merge (resolver conflitos caso apareça), criar um novo commit e enviar com o git push. O usuário que fez o fork deve executar o mesmo procedimentos para manter o fork sincronizado com o repositório original.

Patches

Trabalhando com patches:

git format-patch <branch> --stdout > patch.diff (Cria um patch)
git am patch.diff (Aplica o patch)

Tags

Uma tag é utilizada para criar uma versão de lançamento.

git tag v1.0 (Cria a tag v1.0)
git push origin v1.0 (Envia a tag v1.0)
git push --tags (Envia todas as tags)
git checkout -b <branch> v1.0 (Cria um branch a partir da tag v1.0)

git-svn

Lidando com svn:

git svn clone svn://repo (Clona um repositorio svn)
git svn clone -r10:HEAD URL NOME (clone de um intervalo de revisões svn)
git svn dcommit (Envia commit para o repositório svn)
git svn fecth (Atualiza a partir do repositório svn)